Uma guerra de bactérias. É exatamente isso que deve salvar obras de arte da deterioração. Apelidadas de “bactérias restauradoras”, elas são capazes de combater outros micro-organismos que colonizam e degradam pinturas antigas. O estudo conduzido pela microbiologista italiana Elisabetta Caselli, da Universidade de Ferrara, mostrou que enquanto algumas bactérias destroem obras de arte, outras são capazes de proteger.
A pintura usada na pesquisa foi Coroação da Virgem do italiano Carlo Bononi (1569-1623). Trata-se de uma obra finalizada em 1620 e que foi retirada para restauraração da Basílica de Santa Maria em Vado, em Ferrara após um terremoto que acometeu a região em 2012.

Com uma amostra de 4 milímetros quadrados da superfície de uma área danificada da pintura, os pesquisadores analisaram os micro-organismos alocados ali. Com isso, eles isolaram linhagens de bactérias Staphylococcus e Bacillus e fungos filamentodos dos gêneros Aspergillus, Penincillium, Cladosporium e Alternaria. Uma das conclusões é que certos pigmentos ed tinha usados no séculos XVIII, especialmente a çaca vermelha e as terras vermelha e amarelas, podem ser fontes para os micro-organismos. Porém, um composto com esporos de B. subtilis, B.pulmilus e B. megaterium mostrou-se in vitro capaz de barrar o crescimento de bactérias e fungos isolados da obra.
Os resultados do estudo, publicados na revista PloS One pelo grupo de microbiologistas comandado por Elisabetta Caselli, podem significar uma mudança no campo da restauração e futuramente pode ser uma maneira também para verificar a autenticidade das obras.
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